terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sobre quando você cansa, quando os outros cansam e quando você não quer que as coisas mudem.

Eu quase nunca gosto de alguém, e quando eu gosto, eu costumo achar que eu tenho que ser correspondida. Pois bem, ai é que está, não funciona assim. Ninguém é obrigado a gostar de mim só porque eu nunca gosto de ninguém, e nem todo mundo aspira meu sentimento como algo raro, especial e seletivo. Esses dias eu andei exercitando esse lance - eu não costumo falar lance - de receber não, e pareceu bem fácil enquanto tratava-se de coisas que eu não fazia questão. Desisti cedo, acontece que eu não sei aceitar bem essa coisa de que eu quero e não vai ser meu… Isso já fez com que algumas pessoas cansassem, ok, isso fez com que 90% das pessoas que me cercam cansassem de me aturar, e pulassem a janela da minha vida antes de entenderem que eu sou boa pessoa por trás dessa confusão toda. Um dia desses eu tava tentando contar quantas vezes eu ouvi que eu precisava pensar antes de falar, e ai é que tá, foram tantas que eu não achei mais que era só coincidência, talvez eu realmente devesse medir mais minhas palavras… Palavras essas que já fizeram muita coisa mudar, e eu odeio quando as coisas mudam. Falei numa tarde dessas por telefone com uma grande amiga, fazia alguns meses que não sabia nada a respeito dela, ela me contou as novidades, e eu odiei saber que as coisas estavam tão diferentes em tão pouco tempo, ou muito tempo, depende do ponto de vista, mas estavam diferentes e eu odiei isso. É que pra mim mudança significa perda, você acaba sempre perdendo algo, e eu nunca fiz o tipo que gosta de perder. Ainda que uma mudança seja taxada de boa, eu a vejo como uma dessas coisas que chegam, transformam e vão embora. Nunca concordei com coisas que fossem embora, ainda que eu saiba que esse meu lado infantil e mimado precisa urgentemente ir.

                                                                                         Cynthia Noronha 

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